De acordo com procurador Bruno Garcia Redondo, segurança financeira é um conceito que vai além de simplesmente pagar contas em dia. Trata-se da capacidade de viver com estabilidade e tranquilidade, independentemente dos altos e baixos econômicos que a vida possa apresentar. Isso envolve planejamento, controle, visão de longo prazo e, principalmente, hábitos consistentes.
A segurança financeira proporciona liberdade: a liberdade de tomar decisões sem o peso constante das obrigações financeiras, a liberdade de mudar de carreira, investir em educação ou lidar com emergências sem entrar em pânico. Mas como exatamente se constrói essa segurança?
Por que o planejamento financeiro é o primeiro passo?
Sem um planejamento financeiro, é impossível ter controle real sobre o próprio dinheiro. Muitas pessoas sabem quanto ganham, mas não sabem exatamente para onde o dinheiro vai. Planejar significa ter um orçamento claro, definir metas (de curto, médio e longo prazo) e acompanhar seus gastos regularmente.

Segundo Bruno Garcia Redondo, isso permite entender padrões, cortar excessos e redirecionar recursos para prioridades reais. O planejamento financeiro é como um mapa: sem ele, qualquer caminho parece viável, mas com ele, você sabe exatamente onde está e para onde precisa ir.
Qual é o papel da reserva de emergência na segurança financeira?
A reserva de emergência é um dos pilares mais importantes para garantir estabilidade, pontua o procurador Bruno Garcia Redondo. Trata-se de um valor guardado, equivalente a cerca de três a seis meses do custo de vida mensal, que deve ser acessado apenas em situações inesperadas — como perda de emprego, problemas de saúde ou emergências familiares. Ter essa reserva evita que você recorra a empréstimos com juros altos ou entre em dívidas difíceis de controlar.
Muitas pessoas não alcançam segurança financeira porque estão presas a um ciclo de endividamento. Dívidas em si não são necessariamente ruins — um financiamento para aquisição de um imóvel, por exemplo, pode ser parte de uma estratégia. No entanto, dívidas com juros altos, como as de cartão de crédito ou cheque especial, corroem o orçamento rapidamente.
Investir é realmente necessário para garantir o futuro?
Guardar dinheiro é importante, mas fazê-lo render é essencial, frisa Bruno Garcia Redondo. A inflação corrói o poder de compra ao longo do tempo, e deixar todo o dinheiro parado pode significar perdas reais. Investir, portanto, é uma etapa indispensável para construir segurança de longo prazo. Seja em renda fixa, ações, fundos ou imóveis, o ideal é buscar conhecimento e escolher aplicações de acordo com seu perfil de risco e seus objetivos.
O mundo financeiro muda constantemente: novas ferramentas, novas regras, novas oportunidades e riscos. Por isso, a educação financeira não deve ser vista como algo pontual, mas sim como um processo contínuo. Ler livros, ouvir podcasts, seguir especialistas confiáveis e, principalmente, conversar sobre dinheiro com clareza e responsabilidade são formas de manter-se atualizado.
Por fim, viver acima das possibilidades é uma das principais causas de instabilidade financeira, enfatiza Bruno Garcia Redondo. A pressão social, o consumo por status e os gastos impulsivos são armadilhas comuns. Adotar um estilo de vida mais compatível com sua realidade financeira é um ato de inteligência e maturidade. Isso não significa abrir mão de conforto ou prazer, mas sim fazer escolhas alinhadas aos seus objetivos.
Autor: Victoria D’villa